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DIA 04 DE SHLOCADOS À VENDA ÀS 16.00H.
O BILHETE CUSTA 10 €/DIA. E SÓ HÁ 4500 POR DIA.
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“Bairros” é um ponto de chegada, mas também de partida. Não
complica: é um processo.
Há anos que sabíamos que queríamos isto e há anos que
sabemos que queremos mais.
Começou há seis anos com palcos que acolheram a urbe toda,
tornando simples o que muitos complicam: fazer um Festival que é a cara da
cidade.
Mas isso não basta e não somos ingénuos. Não queremos apenas
celebrar quem é seleccionado mas entender os desvios desse percurso. Afinal
quem chega ao palco? À estampa? À exposição? Ao direito de decidir.
Apresentar anualmente um Festival que vive das diversidades
artísticas e culturais do espaço urbano implica compreendê-lo. Saber quem fica
pelo caminho e porquê.
O que é popular de forma transversal à cidade? O que é
popular apenas em determinados segmentos da urbe? Como e quando se confrontam
essas diversas expressões? Como perceber as diversas emergências e seus
processos?
Para o público em geral, parte dessas respostas está no
cartaz do Festival, mas não queremos que elas se escondam apenas aí.
De facto, desde a primeira edição do Festival, crianças,
jovens e profissionais de territórios projectados para uma segregação espacial,
social e cultural têm participado nas suas múltiplas facetas: música, artes
plásticas, talks, workshops, voluntariado, público ou
usando a venue do Iminente como
espaço para desenvolver as suas actividades.
Em 2020, no pico da crise pandémica e de confinamento, não
por acaso, saímos do nosso recinto e fomos estabelecer base em quatro
territórios de Lisboa: Alta de Lisboa, Bairro do Rego, Vale de Alcântara e Vale
de Chelas.
Os nossos interlocutores locais oneraram-nos de informação
contemporânea. Como consequência do confinamento, um recuo institucional
generalizado ia ter repercussões nas actividades de crianças e jovens no Verão
de 2020. Nós já sabíamos que iríamos para o terreno tornar o Festival
inespacial, saber das condições só nos deu menos pejo.
Nesse ano, quatro workshops circularam entre o Panorâmico e os bairros, fomos todos público e actores, e
criámos o mais importante nesse itinerário: uma relação.
Assim, foi com toda naturalidade que este ano se criou
“Bairros”, uma programação de curadoria partilhada entre o Festival Iminente,
Geração Com Futuro, Passa Sabi, Associação de Moradores do Per 11 e Grupo de
Jovens do Per 7 com o apoio na organização da Fundação Aga Khan Portugal.
Planeámos um 4x4x4: quatro workshops, quatro bairros, quatro expressões artísticas. A resolução
do puzzle matemático ficou a cargo das organizações locais que organizaram as
oficinas de acordo com a escassez ou abundância de oportunidades, em
complementaridade ou contradição, por desejo ou necessidade.
Essa paisagem de criação perfez todo o Verão de 2021 desses
territórios, proporcionando novos lugares de diálogo entre artistas, moradores
e organização. Fomos mais de cento e vinte e muitos mais nos dias abertos, uma
celebração final, local e agregadora que simboliza tudo o que têm para oferecer
à cidade, por via de “Bairros” mas também na vida de todos os dias.
Não há receita para este resultado. Não se trata só de
competências presentes ou ausentes, trata-se de relações, de processos.
Estivemos muitas vezes no mais básico e essencial. As noites
de Verão de cinema ao ar livre, as descidas de carrinhos de rolamentos ou a
marcha popular. Entre portas mexemos em matéria, acabámos com tintas, colámos
fotografias, decorámos interiores e derrubámos paredes que pareciam
definitivas. Na rua fizemos com que os nossos corpos tivessem sentido na
paisagem, mexemos no portfólio da cidade, filmámos, fotografámos e demos novo
sentido aos sítios que sempre conhecemos.
O que vocês veem aqui é a consolidação de todo esse trabalho
comunitário, através das peças, dos registos fotográficos, dos desenhos, dos
vídeos e do convívio.
“Bairros” é a descrição de um caminho até ao limite do registo, o resto
está em cada um de nós.
Parceiros: Associação de Moradores do PER 11, Associação Passa Sabi, Caminhos Activados, Associação Geração com Futuro
Uma co-organização com a Câmara Municipal de Lisboa e a Fundação Aga Khan
Projecto apoiado pela Fundação BNP Paribas - Dream-up
Patrocinadores Oficiais: Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Sagres, Truphone
Patrocinador: REN